Natal Para Ti?
Sim, Jesus
Cristo veio para ti como Filho de Deus a esta Terra. O texto bíblico diz: José
e Maria procuravam um alojamento, contudo não havia mais lugar para eles.
Assim, hospedaram-se na estrebaria em meio aos animais. Ali nasceu o Menino
Jesus! E em meio àquela confusão, José buscou uma manjedoura que havia por lá,
a fim de protegê-lo e abrigá-lo: “o deitou numa manjedoura porque não havia
(outro) lugar para eles na hospedaria” (Lc 2.7).
Justamente
isto, se pensarmos a respeito, é de tão grande significado: Ele, o Senhor do
mundo, o Filho de Deus, assumiu forma de “servo” em uma situação tão desoladora
(Fp 2.7). Ele “a si mesmo se humilhou” (v. 8), ao ponto de seu nascimento ter
ocorrido em condições tão primitivas, mas desde o início entre as pessoas a
quem era destinada Sua obra redentora, “porque estavam aflitas e exaustas como
ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.36). Sob esse ângulo, as palavras: “não havia
lugar para eles na hospedaria”, tornam-se ainda mais duras.
Por que será
que no Natal o número de suicídios é mais elevado do que em outros dias do ano?
Nesse tempo de alegria, muitos solitários passam a ter consciência do seu
abandono; a frieza da nossa sociedade os agride mais fortemente. Todavia, o
suicídio é um terrível engano satânico e uma horrível ilusão. Que toma a sua
própria vida, nunca alcança a paz desejada, pelo contrário, pois a Bíblia diz:
“...como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo”
(Hb 9.27).
Jesus veio ao
mundo em meio às pessoas, cercado por viajantes adormecidos. Do mesmo modo
derramou o seu sangue na cruz do Calvário para tirar os teus e os meus pecados.
Foi morto em Jerusalém, no centro da Terra (Ez 5.5), rodeado de muita gente.
Desta maneira, Jesus em seu infinito amor, morreu para que os homens não fossem
condenados ao inferno. Apesar de encontrar muitos egoístas, se olhares à tua
volta, jamais estará sozinho, porque Jesus morreu por você: “Mas Deus prova o
seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”
(Rm 5.8). Li recentemente:
“Bem, felizmente a visita terminou”, disse
a senhora Azevedo ao marido, enquanto saíam com seu filho do asilo de velhos em
que vovô Azevedo estava morando. “Vou te dizer uma coisa José”, continuou a elegante
senhora de aproximadamente 40 anos, “não conseguirás me trazer para cá com
muita frequência. Com essas visitas, acabamos estragando todo o nosso fim de
semana. O vovô tem que entender simplesmente que não podemos visita-lo todos os
domingos. Afinal, somos uma família própria e temos o direito, até mesmo o
dever, de preservar nossa vida familiar.”
O senhor Azevedo ficou calado. O que ele
poderia dizer? Tomé, o menino de 5 anos, caminhava ao lado dos pais. Quando
chegaram ao estacionamento, ele se animou: “Mamãe, papai, agora vamos para o
parque?”. “Claro”, respondeu a mãe, dizendo voltada para o marido: “Aí está. O
menino também quer algo dos seus pais. Teu pai tem que compreender apenas que
não podemos vir tantas vezes. Aliás, viste seu jeito quando eu tentei dar-lhe a
entender isso?”.
“Ora, ele se sente solitário”, respondeu o
marido. “Ele estava acostumado a ter mamãe à sua volta. Devemos ter um pouco de
paciência.”. “O que significa paciência?”, irritou-se a mulher. “Ele tem que se
convencer de que está sozinho; não temos culpa da vovó ter morrido. Outras
pessoas também têm que superar a perda de parentes.”
Mais tarde, o casal estava sentado no banco
do parque, continuando a analisar o velho tema. Tomé estava dedicado a
construir alguma coisa na areia. Os pais permaneceram brigando por causa do
vovô Azevedo.
Então a mãe se levantou para admirar a obra
de arte do menino. “Mas que castelo bonito”, elogiou ela. “Isso não é um
castelo, mamãe”, reagiu o menino. “O que é então?” “Não estás vendo, mamãe, que
isso é um asilo de velhos?” “Um asilo de velhos?”, perguntou a mãe, sem
acreditar. “Sim, eu o construí para vocês. Quando eu for grande, quero que
vocês vivam bem. Mas não vou poder visitá-los todo domingo, isso vocês tem que
entender”, continuou ele, fazendo-se de importante. A senhora Azevedo ficou
olhando para o chão profundamente chocada.
Porém, Jesus
Cristo não quer se livrar de ti. Pelo contrário, Ele disse: “O que vem a mim,
de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6.37b). E como é fácil vir a Ele, porque no
Natal Ele veio a ti, esvaziando-se da forma mais profunda possível. E Ele te
diz agora, depois de ter removido todos os teus pecados através da Sua morte e
do derramamento do Seu sangue em teu lugar: “Vinde a mim todos os que estais
cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
Natal para ti?
Sim, justamente para ti! O Natal não aconteceu por acaso. Não, ele é bem
pessoal para ti. Através desta mensagem, Jesus Cristo busca a ti, meu amigo,
que chegaste ao fim das tuas possibilidades, que estas à beira da
autodestruição. Joga-te nos braços de Jesus. Ajoelha-te junto à sua cruz e
dize: “Entra em meu coração, Senhor Jesus. Há lugar em meu coração para ti.”.
Então, conforme João 1.12, receberás ao mesmo tempo poder para te tornares um
filho de Deus. Então, nunca mais serás solitário, pois Ele diz a todos que O
receberam em seu coração: “...eis que estou convosco todos os dias até a
consumação do século” (Mt 28.20b) e: “De maneira alguma te deixarei nunca
jamais te abandonarei” (Hb 13.5b). E se houver então tempos difíceis em tua
vida, em que não será compreendido por ninguém, poderás dizer confiante: “Ainda
que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu
estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam” (Sl 23.4).
Por isso,
aceita como teu Salvador a Jesus, que no Natal veio a esta terra para ti!.
Wim Malgo (1922-1992)